sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Alma Vendida

Eu sou o demônio da luxúria
E só vivo em desejos vadios
Eu sou puro ódio ira e fúria
Pois vivo de prazeres vazios.

E da vida canções e baladas
Sua cabeleira na noite solta
E gritos e vozes abobadas...
À paz nesta vida ou n’outra!

De todas as bocas que beijei
Das mulheres que já amei...
E todos os seios que toquei
Inebriado na calada me achei.

Onde a pureza outrora jazia
Em meio a túmulos teorias e teses.
E ao anjo eu olhava e dizia:
-Minh’alma? Já vendi três vezes!

Duas por amor e uma por ganância.
Cega e tola é essa fria lembrança.

Pois o preço foi baixo em demasia
Ou seria apenas mera fantasia?

E esse aperto que aperta o peito
Seria essa a solidez da solidão?
Moribundo jazendo ao meu leito
Não tenho pedras no lugar do coração. 

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