terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

De Volta

Voltei ao mundo...
Com o rosto coberto
De volta o imundo
O desprezo descoberto.

Mil máscaras a frente,
Mil mentiras escondidas,
Uma face, insistente
Uma pessoa escolhida.

Tudo voltou, o mundo girou
Os pássaros voltaram,
Um anjo ressuscitou,
O sentimento pródigo retornou.

Mil máscaras diferentes...
Cada uma escondendo a verdade
De mil sorrisos, um contente
Soará por toda eternidade...


Anderson Marques Mileib

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Sem Você

Como a chuva que cai, fico esperando
Aguardando que o sol no céu apareça
E do chão vá gota a gota se separando
E tudo que fora sonhado se esqueça

Tenho suas mãos, mas elas não posso tocar
Meus sonhos sem você são apenas um vazio
Tenho seu coração, mas não me deixa voar
O que me resta agora é um interminável frio

A solidão me abraça e sussurra no ouvido
-Blasfeme a saudade pois nunca vai passar-
Que vida é essa que desde então tenho vivido?
Sem você ao meu lado, lágrimas a derramar

Por onde anda o sol que sempre me aquecia?
Deixei todo seu calor lentamente me escapar
Enquanto em sonhos desesperados me perdia
E agora o que me resta da vida se não chorar?

Você se foi e no peito restou-me um vazio
Perdi meu sol e meu ar, que mais me resta?
E Sempre cai-me dos olhos um choro tardio
Sequer sei se de esperança existe uma fresta.

Resta-me agora viver apenas de sua lembrança?
Não tenho mais você, perdi o que a vida me deu
Perdi a vida que a vida me deu e a perseverança
Mas como irei dizer? Sem você não existe o eu.

Anderson Marques Mileib

domingo, 8 de fevereiro de 2009

O Espelho

O espelho se quebrou
Caiu-se em pedaços
Como sorriso de palhaços
E ao mundo se mostrou

Os olhares se espalharam
Distorceram a realidade
Embriagaram a verdade
Do mundo se exaltaram

Os cacos espalhados pelo chão
A cortar os pés de quem pisar
E arrancar os olhos de quem olhar
Ao pega-los arranca-lhe a mão

Venha, mostre-me a liberdade
Acaricie-a com seu rosto liso
Venha, mostre-me seu sorriso
Que lhe mostrarei minha realidade


Anderson Marques Mileib

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Tudo Igual

Tudo é o mesmo nas ruas da cidade.
Os mesmos lugares,
Os mesmos rostos,
E os mesmos olhares.

São sempre a s mesmas pessoas.
Os mesmos gritos,
As mesmas vozes.
E sempre o mesmo silêncio.

É sempre o mesmo tédio.
Os mesmos carros,
As mesmas músicas
Nos mesmos bairros.

E nem mesmo um sorriso diferente.
Nada fora da rotina,
Um grito estridente
Nem mesmo uma tragédia.
Nada tira esse tédio displicente.



Anderson Marques Mileib

Mosca

Diário do Dr. Fleubermann Paciente nº 003764 Curioso e peculiar o caso deste paciente em específico. Ainda me lembro bem da primeir...