segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Aos Pequenos Momentos


Sinto falta dos pequenos momentos
Saídas, conversas, lanches ocasionais
Por mais que seja banal, não me contento
Pequenas ocasiões se tornam especiais

Pequenas sutilezas às vezes escondidas
E a saudade vem às pressas disparada
São ações que não passam despercebidas
E com o tempo a saudade no porto enseada

Eu sei que ate parece uma bobagem
Vinhos e saudades parecem tempos remotos
Lágrimas, chuvas e beijos selvagens

Passo horas e dias com raciocínio lento
O que dizer quando estou displicente?
Apenas sinto falta dos pequenos momentos 

terça-feira, 18 de dezembro de 2012


It’s hard to see every day pictures of you.
It’s hard to see that I’m not with you on them.
I try to take my own strength from this,
I try to take strength for the passion.
I try to not think on what can be happening
Just try…
It’s hard to now that every day could someone
Or even you
Tell me that I won’t have you anymore
I try to steel myself, I try to get strong for your
I’m just missing you, every day, every time
I dream with you, I wake up thinking on you
And when I sleep its thinking of you
I don’t know how for how much long I can do this
I just want you
And if you see this please tell me, just tell me
What can I do?
I just wanna close my eyes and wake up from this nightmare
I just want to hear you voice again telling me that you’re mine and I’m your
I miss you
I just want you
I love you

sábado, 8 de dezembro de 2012

Lembrança de Morrer


Quando em meu peito rebentar-se a fibra, 
Que o espírito enlaça à dor vivente, 
Não derramem por mim nem uma lágrima
Em pálpebra demente.

E nem desfolhem na matéria impura 
A flor do vale que adormece ao vento: 
Não quero que uma nota de alegria 
Se cale por meu triste passamento.

Eu deixo a vida como deixa o tédio 
Do deserto, o poento caminheiro 
- Como as horas de um longo pesadelo
Que se desfaz ao dobre de um sineiro;

Como o desterro de minh'alma errante, 
Onde o fogo insensato a consumia: 
Só levo uma saudade - é desses tempos
Que amorosa ilusão embelecia.

Só levo uma saudade - é dessas sombras 
Que eu sentia velar nas noites minhas ... 
De ti, ó minha mãe! pobre coitada 
Que por minha tristeza te definhas!

De meu pai... de meus únicos amigos, 
Poucos - bem poucos - e que não zombavam 
Quando, em noites de febre endoudecido,
Minhas pálidas crenças duvidavam.

Se uma lágrima as pálpebras me inunda, 
Se um suspiro nos seios treme ainda, 
É pela virgem que sonhei... que nunca
Aos lábios me encostou a face linda!

Só tu à mocidade sonhadora 
Do pálido poeta destes flores... 
Se viveu, foi por ti! e de esperança 
De na vida gozar dos teus amores.

Beijarei a verdade santa e nua, 
Verei cristalizar-se o sonho amigo ... 
Ó minha virgem dos errantes sonhos, 
Filha do céu, eu vou amar contigo!

Descansem o meu leito solitário 
Na floresta dos homens esquecida, 
À sombra de uma cruz, e escrevam nela: 
Foi poeta - sonhou - e amou na vida.

Sombras do vale, noites da montanha
Que minha alma cantou e amava tanto,
Protegei o meu corpo abandonado,
E no silêncio derramai-lhe canto!

Mas quando preludia ave d'aurora
E quando à meia-noite o céu repousa,
Arvoredos do bosque, abri os ramos.
Deixai a lua pratear-me a lousa! 



Manuel Antônio Álvares de Azevedo

Mosca

Diário do Dr. Fleubermann Paciente nº 003764 Curioso e peculiar o caso deste paciente em específico. Ainda me lembro bem da primeir...