terça-feira, 21 de agosto de 2018

Sobre viagens no tempo

E dizem que não é possível viajar no tempo. Quando olhamos para as estrelas em uma noite clara, estamos na verdade olhando para o passado, muitos destes corpos celestes já não existem mais, assim como outros já podem ter nascido, considerando o tempo em que a luz demoraria para chegar até a terra.
Se o sol (que é a estrela mais próxima da terra) apagasse, levaria aproximadamente 8 minutos e 20 segundos para que seus últimos raios chegassem até nós, isso porque nossa querida estrela está a apenas 150 milhões de km de nosso humilde planeta.
Agora, se considerarmos uma outra estrela mais perto de nós, como a estrela mais brilhante da constelação de Andrômeda, que está a 97 anos-luz de distância da terra veremos o quanto olhamos para o passado: 1 ano luz é a distância em que a luz atravessa no vácuo durante um ano juliano, algo em torno de 9.460.730.472.580 de km. São quase 9 TRILHÕES e meio de km, agora multiplique este valor por 97 e teremos um pouco da magnitude do quanto observamos o passado.
Então, vemos constelações, quiçá planetas que já não existem mais, pode ser que lá existiam seres inteligentes ou até mais que nós, analisamos e admiramos toda a destruição de vários planetas e a extinção de formas de vida que sequer chegaríamos a imaginar em nossa limitada concepção geocentrista de vida.
Nos aplaudimos, criamos concepções de comportamentos e/ou ideias somente pela posição dos astros em determinada data, isso tudo gira em torno de uma possibilidade infinita de destruição em massa, agonia e sofrimento de tantos seres que seria até mesmo impossível de quantificar.
Tudo isso aconteceu há muitos anos, antes mesmo de nosso planeta existir, enquanto você fica aí se preocupando com a lua que entrou em sagitário...

terça-feira, 7 de agosto de 2018

Toda forma de prazer


Todo prazer é temporário,
Por mais que entristeça,
Não importa o que pareça.
Todo amor é temerário.

O prazer se torna afã
Árduo vício desvirtuoso.
E por fim, escabroso.
E a paixão, louçã.

Por um segundo de prazer
Morre-se além do entendimento.
E o que restou da vida?
-arrependimento-
Vivo um intenso querer.

Um querer que não quero!
Mas o demônio é alimentado,
A cada instante, de cada lado.
E esse não quero
-eu já quero de novo-

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

No Meio

Meio vazio,
Fora de mim.
Meio vadio
e fico assim...
Com meias palavras,
Meias atitudes,
Tudo no meio.
Tudo, menos o anseio.
Mas esse passa...
No meio de tudo.
Me deixando assim
Sem meio e sem fundo.

Mosca

Diário do Dr. Fleubermann Paciente nº 003764 Curioso e peculiar o caso deste paciente em específico. Ainda me lembro bem da primeir...