quarta-feira, 27 de julho de 2011

Sexta Feira Treze

Era madrugada, não sabia se dormia
Podia ser sonhos lúcidos o imaginação
Na calada da noite claramente a via
E como pesadelo eu corria sem direção

Da parede via escorrer sangue viscoso
Ouvia zombarias e gritos estridentes
E no peito me batia o coração rançoso
Onde estaria a dama de lábios contentes?

Caminhava por rios de águas cortantes
E na bruma da noite, leitos solitários
Era assombrado por vôos rasantes
E também por espíritos bicentenários

Eis que pude senti-la em seu calor confortante
Seus lábios me tocaram, sua voz era revigorante

Com olhos em prantos, percebi logo em tese
E com sorriso ela dizia – feliz sexta feira treze.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Eu odeio

Eu odeio a forma que me olham
Olhos nunca são o bastante
Olham-me, mas não me enxergam
A glória sempre fica distante

Eu odeio a forma que me tratam
Além de não me ver
Não sou imagem ou espelho deformado
Não, querem me fazer crer...

Às vezes queria encontrar minha caverna
Meu cubículo invólucro protetor
Talvez assim conseguiria me encontrar

Odeio todos esses vermes
Suas brigas ignóbeis e lamacentas
E o cerne de suas peles exposta
Até suas entranhas buscam encrenca

Odeio as glórias das reminiscências
E o passado, a vitória fugaz...
Odeio esta alma perdida sem essência
E ter que olhar para trás

Odeio procurar a paixão
Mesmo sabendo onde ela está
E deixá-la me procurar...

Mosca

Diário do Dr. Fleubermann Paciente nº 003764 Curioso e peculiar o caso deste paciente em específico. Ainda me lembro bem da primeir...