sábado, 18 de agosto de 2012


O maior de todos os meus venenos é a saudade...
 Sob minha pele, correndo nas veias até o coração.
O doce ardor de minhas reminiscências sem idade,
Em meus sonhos e pensamentos é minha pulsão.
Ver, voltar, esquecer, lembrar, sonhar e reviver
O pulso ainda pulsa, saudade, e a razão é você.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Sangue novo

Este é só um projeto de uma ideia que tive, se alguém que leia meu blog quiser dizer algo ou alguma ideia ficarei grato.





-Já teve a sensação de estar sendo seguido? Parece loucura mas faz algum tempo que por onde ando eu sinto que existe alguém me observando. Dizia o jovem para seu amigo enquanto bebiam em um bar
-Sabe o que eu acho? Acho que você deve estar imaginando coisas, ou está muito bêbado ou muito sóbrio para falar de um assunto desses logo na sexta-feita e olha, ainda estamos na primeira garrafa! Retrucou o amigo de cabelos louros rindo.
-É, talvez você tenha mesmo razão, devo estar trabalhando muito ultimamente. E por falar nisso que horas são? Hoje não posso chegar tarde em casa, sabe como são meus compromissos.
-Rá, se sei, seus grande compromissos com downloads de séries, isso é crime sabia? Ainda são 21:30, a hora exata de pegar outra garrafa, por minha conta agora.

                A noite foi demasiada longa e curta ao mesmo tempo, para dois amigos que se encontravam depois de algum tempo. Enquanto conversava com seu amigo, Samuel estava disperso, dificilmente fitava seu amigo que não vira a muito, seus pensamentos não estavam na conversa mas no ambiente a sua volta. Por vezes chegava a olhar cada rosto que passa pelo seu campo de visão, um homem negro de terno, uma mulher com saia longa, outra com saia curta, todos pareciam cumplices de uma estranha conspiração na qual ele parecia ser o centro.
“Será que estou ficando louco? Como poderia pensar que cada pessoa que passa por mim pode ser alguém me seguindo, talvez deva procurar um médico”, este era seu pensamento até ser surpreendido por um rosto estranhamente familiar e este estava fitando-o de fato. Como quem acorda de um sonho assutado ele voltou a si e se deparou com seu amigo chamando seu nome.
                -Ei cara você ta bem? Parece cansado, bebeu demais? Disse o louro rindo agora com a face rubra por causa do alcool.
                -É, não me sinto muito bem, vou até o banheiro. Respondeu já se levantando impedindo o amigo de dizer qualquer coisa.
                Samuel se levantou e passou por algumas mesas até chegar na porta do banheiro, em seu caminho sempre olhando aquele sujeito estranho que o fitava. Parecia ser um homem alto pois estava desajeitado na cadeira, tinha os cabelos vermelhos como fogo e uma barba rala no rosto, embora tivesse certeza que nunca o vira antes, Samuel viu algo familiar naquele homem que o seguia com os olhos, tinha um olhar intimidador, chegando fazê-lo sentir um pouco de medo, seguindo-o até entrar no banheiro. Ao entrar o jovem se viu sozinho, encostou as mãos na pia, suas mãos inexplicavelmente tremiam, de alguma forma a imagem daquele sujeito não lhe saia da cabeça, tentava se lembrar onde o vira antes mas era inútil. Vendo que não conseguiria nada ali, respirou fundo e lavou o rosto, os tremores passaram, mas a estranha sensação ainda o seguia até que ouviu um barulho na porta e viu um vulto entrando no banheiro, com o susto tentou correr e escorregou no chão molhado quase caindo, o pouco tempo que lhe restou apenas olhou para a porta.
                -Ei Sam, qual é? Venha você não parece estar muito bem, paguei nossa conta, vamos embora antes que caia. Disse seu amigo enquanto entrava no banheiro tentando não rir da situação.

                Após alguns instantes os dois amigos caminhavam pela rua, contando casos e rindo como se nada tivesse acontecido, caminharam até uma rua onde cada um iria para um lado, despediram-se e cada um seguiu seu rumo noite adentro.
Samuel havia esquecido da estranha presença por algum tempo, de fato nem se lembrava até começar a se sentir estranho, seus passos foram ficando mais lentos, seus pés pesaram e sentiu seu corpo suando frio. Parou em uma esquina sentindo-se extremamente nauseado, encostou-se em um muro para tentar se focar no caminho, foi quando viu de relance do  outro lado da rua aquele mesmo sujeito, ele estava parado de pé olhando fixamente para Samuel que novamente sentiu aquela sensação estranha e familiar de medo, sua visão ficou turva obrigando a se sentar, com a mão apertou os olhos e quando foi aos poucos recuperando a visão se viu em uma rua deserta. Sentindo-se melhor, se levantou e procurou algum sinal de vida, a rua era aberta não tinha como ninguém simplesmente correr sem que se visse.
                Aliviado, agora lembrando-se da situação encostou-se na parade e rindo disse em voz baixa “é, eu realmente estou ficando louco” e continuou seu trajeto para casa. Após caminhar um pouco, Samuel lembrou-se novamente do sujeito, será que existia mesmo ou era fruto de sua imaginação? Tentou desenhar o rosto em sua mente para descobrir o motivo de esse rosto estranho lhe ser tão familiar, mas não conseguia, sua concentração foi quebrada por um carro passando na rua em alta velocidade, com o susto Samuel teve uma estranha sensação de deja-vu. Foi quando viu claramente o rosto em sua mente, mas não estava do mesmo jeito que o homem do bar, estava mais rústico, parecia um animal e seus olhos pareciam ter sede de sangue.
“Sangue...” ele pensou, e se lembrou dos cabelos vermelhos e de alguma forma associou sangue a ele, foi quando viu aquele sujeito novamente, coberto de sangue com um olhar violento e intimidador que o paralisou, e da mesma forma que apareceu o homem desapereceu de sua vista deixando-o com uma nausea estonteante.
Samuel apenas conseguiu colocar as mãos no estômago como um reflexo, até sentir uma forte pancada na barriga e logo depois uma estranha sensação de dormencia em todo o corpo, a sensação mais reconfortante que jamais sentiu em toda sua vida, durou apenas alguns segundos mas foi o bastante para jamais esquecer. Após alguns instantes a náusea voltou, Samuel olhou para o lado e viu aquele sujeito estranho de cabelos vermelhos, sua boca não se moveu mas ele escutou claramente sua voz dizendo “Bem vindo ao meu mundo”, e a última coisa que se lembra foi de vomitar. Samuel despertou em seu quarto, ofegante e com sede, confuso sobre como chegou em casa, mas feliz por aquilo ter sido um sonho, sentia apenas uma leve dormencia na parte de tras do pescoço que julgou ter ocorrido por causa de sua posição na cama. Após beber água deitou-se na cama e adormeceu rapidamente sem se dar conta de um pequeno hematoma na dormencia em seu pescoço.

Mosca

Diário do Dr. Fleubermann Paciente nº 003764 Curioso e peculiar o caso deste paciente em específico. Ainda me lembro bem da primeir...