segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Chuva

O céu tremeu diante de meus pés
Enquanto delirava admirando seu olhar
Começou no mais memorável revés
Mais do que nunca agora posso amar

Mesmo com o céu a cair em minha cabeça
E meus pés molhados pisando no chão
Toda a chuva que caí do céu é gota
Comparada ao júbilo de meu coração

E nada irá impedir que o futuro aconteça
Pela primeira vez pude sentir seu perfume
Olhar de perto em seus olhos antes que eu pereça
E mesmo que pouco, de seu corpo o ardume

E em meio a palavras e sorrisos sinceros
Mesmo que por um instante o mundo parou
Nas águas da chuva, na simetria do singelo
Foi no mesmo momento em que tudo retornou

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Alma Vendida II

Onde está? Onde está o grito de outrora?
Em alvoradas mesquinhas perdidas
São as lágrimas do anjo d’aurora
De dores passadas, mas não esquecidas.

E eu? Sou o espírito da vingança.
De meros encontros ao acaso
Um corpo, um’alma morta que dança,
De todas as palavras eu sou o descaso

E o sangue roto a apalpar o peito
São palavras escarnecidas e sem inspiração,
De um coração que agora jaz sem leito
Meras palavras ao caso e sem razão...

E assim, com palavras vazias e sem sentido...
Sem vontade o mundo fora construído.
E como todo o mundo, agora vai despido...
-Tarde demais para meu tempo, já fui vendido. 

Mosca

Diário do Dr. Fleubermann Paciente nº 003764 Curioso e peculiar o caso deste paciente em específico. Ainda me lembro bem da primeir...