sexta-feira, 27 de março de 2009

Certezas Incertas

Ascendo o meu cigarro
com o fogo de incertezas.
Afinal o que será de mim?
Neste mundo sem nobrezas.

Não tenho dragões a matar,
Sem espadas afiadas,
Nem mesmo donzelas a salvar.
Seria loucura ou piada?

Nasci na época errada,
Cheia de certezas incertas.
Mas uma navalha afiada
Faz-me atingir a meta!

Com os pulsos cortados,
Desta vez eu sei, viajarei.
Longe da terra dos coitados
Não mais respirarei.

Anderson Marques Mileib



Justificando a ausência, estava realmente sem tempo para escrever.

domingo, 8 de março de 2009

Ao Luar

Na velha cidade de luzes acesas
Pode-se ouvir de longe os gritos
Outrora pessoas viram as presas
e depois nunca mais foram vistos

Então avista-se a nave dos loucos
Vermes à lepra, substitui a morte
E trás consigo o grito dos roucos
Para o mar, entregue-os a sorte

Canções de morte, rios de peste
Gritos lunáticos ecoando no ar
Nada mais passa de um teste
A demência espalhada ao luar

segunda-feira, 2 de março de 2009

Vozes

Sempre antes de dormir
Penso que é o vento a sussurrar
Mas são as vozes a surgir
E minha sanidade a roubar

E sem razão ou sentido
Em minha cabeça a gritar
Um nome desconhecido
Ou uma voz sem parar

Gritam em minha mente
Me assustam, me acordam
Como quem não sente
Seriam mortos que recordam?

Talvez tenham algo a me dizer
Talvez precisem dar-me a mão
Ou é apenas para eu saber...
Não são vozes, é a perda da razão



Anderson Marques Mileib

Mosca

Diário do Dr. Fleubermann Paciente nº 003764 Curioso e peculiar o caso deste paciente em específico. Ainda me lembro bem da primeir...