terça-feira, 24 de novembro de 2009

O Terceiro Ato

Fecham-se as cortinas
Os aplausos cessaram
Vão-se as concubinas
As vozes se calaram.

E o silêncio agora reinou
Para onde ir?
Se ninguém mais restou.
Qual caminho seguir?

Onde está o público?
Onde estão os atores?
Tornar-se-iam rústicos...
Envaidecidos pelas dores.

Talvez ainda exista
Mesmo que rompida,
uma esperança
Com os olhos de criança.

Queria viver eternamente?
É tempo demais para não amar
Não, fica contente.
Pois o show deve continuar!


Anderson Marques Mileib

sábado, 14 de novembro de 2009

No Escuro

No escuro eles choram
Envoltos no desprezo
E no silêncio quebrado
Pelo soluço do pranto

No escuro eles falam
Suas bocas se movem
Porém não há som
E o ar continua parado

No escuro eles rezam
Praguejam blasfêmias
Fecham-se para a realidade
Permanecem envoltos
Em total falsidade

Anderson Marques Mileib

domingo, 1 de novembro de 2009

platonismo extasiado

Preciso de uma dose de paixão platônica
Parar de viver a vida meramente atônica
E mesmo “é ela...é ela...é ela” poder dizer
Para até sem amar, ter alguém a escrever

Para nas noites voluptuosas me deleitar
E de amor cego por vezes até chorar!
Ah, preciso de um platonismo no semblante
Não haveria romantismo assim semelhante

Ah, nem mesmo no céu haveria lugar assim
Deleitar-me-ia com seus olhos diariamente
E assim dormiria acordado constantemente

Ah, eu viveria assim no mundo dos sonhos
Meu mundo, constantemente idealizado
Mundo relutante, imaginário, extasiado


Anderson Marques Mileib

Mosca

Diário do Dr. Fleubermann Paciente nº 003764 Curioso e peculiar o caso deste paciente em específico. Ainda me lembro bem da primeir...