sábado, 3 de dezembro de 2016

Velas no escuro



A luz de velas
Num quarto escuro
Com papel e tinta
E a fumaça do charuto
Na taça o vinho
Escrevendo uma canção
Descrevendo o sussurro
Desnudando a palavra
E sua pele aos toques
O calor do não dito
No silêncio os gemidos
Corpos enaltecem
E as palavras não esquecem
Do calor se despindo
Na porta, a janela aberta
Nada além do lírico
E um quarto vazio
Iluminado por velas
E meu eu em delírio

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