sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Incerto

Por que não desaparece?
Seu rosto de meus olhos,
Seu cheiro de minha memória,
Sua voz de meu passado
e deixe minha glória.
Por que ainda cresce?

Hei de fazê-la desaparecer
enterrada à sete palmos.
Sob uma lua qualquer de setembro
embebida no próprio sangue.
E o que fiz eu ainda lembro
junto com o que quero esquecer.

Voe em suas asas de inseto.
Bebi seu sangue para me lembrar,
senti seu gosto pela última vez.
Fi-la desaparecer por fim.
Depois de tudo que me fez...
Resta-me um futuro incerto.

Anderson Marques Mileib

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