sexta-feira, 24 de abril de 2009

O Cemitério

Todos os dias vejo o alvorecer.
Nas terras férteis do cemitério
E assim fica até o anoitecer.
De todos os mortos, monastério.

São as terras férteis crepusculares,
Não existem mais flores plantadas
Somente as árvores secas seculares.
E os túmulos das viúvas cantadas.

E a noite não existe mais o chão.
É onde se pisa apenas na terra nua,
Não se ouve nem o próprio coração.
É o futuro com sua realidade crua.

Restando apenas o som do silêncio,
Grande vazio obscuro, interminável.
E todos esses nomes em extenso
Nos túmulos, terra fértil, inigualável


Anderson Marques Mileib

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