sábado, 26 de novembro de 2016
A luz
Eu costumava morar só com meu pai. Sempre antes de dormir, ia até a cozinha e voltava para o quarto, direto para a cama. Toda vez que esquecia a luz acesa, meu pai a apagava e vinha até o quarto me dar um sermão. Hoje fui até a cozinha e me deitei esquecendo de apagar a luz, me lembrei destes tempos. Me dei conta de que faz exatamente um ano que ele morreu no momento em que a luz se apagou.
quinta-feira, 24 de novembro de 2016
Que o diabo lhe carregue
Que o diabo lhe carregue
Para o inferno
Junto a essa má sorte
Antes que eu lhe entregue
Mais do que mereça saber
E leve embora também
Esta ânsia persistente
E o asco impertinente
Que lhe carregue
Pros infernos
Alma esculpa
E escarrada
E que o diabo lhe carregue
E me deixe uma bebida
sábado, 19 de novembro de 2016
Na carne
Na carne cravada
Escrito à ferro e fogo
E sangue e ossos
Palavras desoladas
Perdidas e estampadas
Não farão falta no final
A palavra dita não-palavra
Apenas um’alma condenada
quarta-feira, 16 de novembro de 2016
Na merda
De mãos atadas
Sufocado
Preso
No desgosto
Na desgraça
Refém e alvo
De si mesmo
E de ilusões
Alusões pragmáticas
E onde fica
O resto do sabor
Se não na merda
E no próprio horror?
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