Caminho sozinho pelas ruas
Não vejo o tempo passar
Carrego a vida nas mãos nuas
Vendo sol e chuva a brilhar
Rostos desconhecidos me evitam
Reis desprovidos de faces
E todas as terras que inventam
É a sublimação que nasce
Seus olhos não olham os meus
Se os filhos tem medo, não me importo
Um dia os estigmas serão seus
Mas a muito já estarei deporto
Não temo a morte certa
Abandonado e esquecido
E no fundo a pergunta aperta
Quem é o velho esquisito?
Pai, filho ou avô de alguém
Alguém quem fez por merecer
Nas ruas apenas um ninguém
Um velho a perecer
Mas quando visto hei de agradecer
Toca-lhe os ombros em prantos-Quem jaz sem vida há de me conhecer-
Página quase (toda) abandonada.
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segunda-feira, 22 de setembro de 2014
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